Câmara Criminal do TJ confirma revogação da prisão de Clésio Salvaro
A 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) ratificou, por unanimidade, a decisão da desembargadora Cinthia Beatriz Schaeffer
A 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) ratificou, por unanimidade, a decisão da desembargadora Cinthia Beatriz Schaeffer, que havia determinado a soltura do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro.
O prefeito, detido na Operação Caronte, que investiga um esquema de fraudes em licitações relacionadas a serviços funerários, teve sua prisão preventiva substituída por medidas cautelares.
A decisão monocrática da desembargadora, tomada na semana anterior, precisou da confirmação do colegiado da 5ª Câmara Criminal. Com isso, Salvaro e outros envolvidos, incluindo advogados e empresários, permanecem em liberdade, cumprindo as condições impostas pela Justiça, como o uso de tornozeleira eletrônica e afastamento de funções públicas.
A operação que levou à prisão de Salvaro revelou um esquema de interferência nas concessões de serviços funerários na cidade, gerando grande repercussão.
Entretanto, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) solicitou recentemente o restabelecimento da prisão de Salvaro, alegando que ele teria violado uma das medidas cautelares.
O pedido foi feito após o prefeito ser recepcionado por apoiadores em Criciúma, onde, segundo o MP, estavam presentes investigados e testemunhas do caso, o que contraria as restrições impostas. O MPSC apresentou imagens de redes sociais como prova do descumprimento da decisão
Apesar da soltura, as investigações continuam, e o Ministério Público segue apurando o envolvimento do prefeito em atividades ilícitas. A defesa de Salvaro mantém a posição de que não há evidências que justifiquem a manutenção da prisão