Política
Único vereador que foi contra o novo superintendente da AGR explica voto
Felipe Tessmann (PL) classificou a situação como “fora do comum”
Por
Matheus Machado
O vereador Felipe Tessmann (PL), foi o único que votou contrário ao nome de Ciro Tokarski, irmão do ex-vice-prefeito Caio Tokarksi, para que fosse o futuro superintendente de planejamento da Agência Reguladora de Saneamento (AGR) de Tubarão. Na última Sessão Ordinária realizada na segunda-feira (2), o profissional foi sabatinado pelos vereadores e teve o nome aceito para o cargo.
No entanto, o vereador Tessmann foi o único contrário à indicação e no Jornal da Rádio Cidade desta terça (3), explicou seu voto. “Na realidade eu não sou a favor dessas votações relâmpago. Em alguns casos somos avisados previamente, mas nessa votação nos falaram por volta das 17 horas, pouco tempo antes da Sessão. Eu já manifestei meu descontentamento sobre isso em outra votação no começo do ano”, explicou.
“A gente saber minutos antes que haverá uma sabatina que vai definir um cargo de 4 anos e um salário de R$ 16 mil… precisamos avaliar melhor o contexto, seja a questão técnica, as competências para o cargo ou as questões políticas que o vereador julgar interessante. Via de regra sou a favor que isso não aconteça, que haja uma tramitação, uma explicação ou algo mais claro para o vereador fazer seu voto”, complementou Felipe.
“Foi uma votação bem atípica, eu realmente não entendi. No mesmo dia, uma vereadora que estava desempenhando o papel normalmente renuncia e seu esposo á anunciado na AGR. O voto contrário foi a minha forma de protesto. Nada contra a pessoa que foi indicada, porque tem a formação e atribuições que podem ser úteis no cargo, mas o método usado eu não concordo. Acho que isso precisa ser revisto”, falou o vereador.
Ciro Tokarski já era um nome ventilado para o cargo e foi indicado pelo prefeito Jairo Cascaes (PSD). Apesar da indicação, a aprovação depende da maioria do Legislativo. Tessmann ainda disse que o nome do cargo foi alterado visando a chagada do novo profissional. “Na última semana foi feita uma alteração na nomenclatura do cargo. Antes ele era uma superintendência jurídica, hoje é superintendência de planejamento, onde entendemos que era um cargo específico para essa pessoa porque ele não tinha formação jurídica”, criticou. O político acredita que Ciro tem condições de cumprir as atribuições, mas classificou a situação como “fora do comum”.