Connect with us
SCTODODIA

SCTODODIA

Ex-presidente Michel Temer faz abertura da Logistique 2024 e fala com otimismo sobre o Brasil

Economia

Economia

Ex-presidente Michel Temer faz abertura da Logistique 2024 e fala com otimismo sobre o Brasil

Rodovias catarinenses e investimentos em logística em Santa Catarina também foram debatidas durante o Logistique Summit

Publicidade

O cenário político brasileiro e os direitos assegurados pela Constituição foram os principais temas abordados durante a palestra oferecida pelo ex-presidente da república, Michel Temer, durante a abertura oficial da Logistique 2024. Durante seu discurso, realizado dentro da programação do Logistique Summit, Temer também falou sobre seu otimismo em relação ao país e fez um resgate histórico relembrando pontos importantes da política nacional. 

“Eu tenho uma visão otimista, o Brasil acaba indo pra frente, de qualquer maneira, muito graças à iniciativa privada que faz conexões com o setor público e, juntos, acabam permitindo o crescimento do país”, reforçou ele. “O Brasil evolui, quem diz que não cresce, está equivocado”. 

Conforme o resgate apresentado durante a palestra, durante muito tempo o Brasil teve presidentes mas sem o presidencialismo, isto é, candidatos que assumiram o cargo mas não foram escolhidos pelo povo. A estabilidade política, de acordo com ele, chegou somente após 1988, com a consolidação da Constituição que unificou os princípios liberais com os sociais. Ou seja, incentivou o desenvolvimento da iniciativa privada, direito à propriedade e direitos individuais com o direito dos trabalhadores, acesso à segurança, saúde e educação – que são assegurados pelo Estado. 

“Esta união dos princípios liberais com os sociais assegurou a longevidade da Constituição, como estamos vendo até hoje”, comenta ele. Um dos pontos que merecem atenção é a relação empregador e empregado que deve ser unificada como uma das grandes forças produtivas do país. Além disso, para Temer, o empreendedorismo deve ser fortalecido e incentivado no Brasil, como forma de geração de renda e combatendo o desemprego. 

Manhã focada em Santa Catarina

Pela primeira vez em Balneário Camboriú, a Logistique 2024 se consolida como evento nacional em sua 5ª edição. Com cerca de 130 expositores, como afirma o diretor da Zoom Feiras, Leonardo Rinaldi, em seu discurso de abertura, o evento já tem expectativas de crescimento para o próximo ano. “Tivemos crescimento de 50% no número de inscrições em comparação com o mesmo período do ano passado. Para 2025 o objetivo é superar os 200 expositores e ampliar também o espaço físico da feira”, completa ele. 

Logo após a abertura oficial foi o momento da primeira palestra com tema “Desenvolvimento Econômico e Perspectivas para o Futuro de SC”, apresentada por Cleverson Siewert, secretário da Fazenda do Estado de Santa Catarina, seguida do painel “Inovação e Infraestrutura: Pilares para o Crescimento Sustentável em Santa Catarina”. 

Mediado por Beto Martins, secretário de Estado dos Portos, Aeroportos e Ferrovias de Santa Catarina, o painel debateu principalmente os desafios rodoviários do estado e enfatizou a necessidade urgente de investimentos nesse sentido. Conforme o secretário, é evidente o impacto que a logística tem no desenvolvimento do estado.

“Sociedade organizada e poder público devem juntos debater o assunto. Todas as entidades devem discutir de forma transparente os investimentos para Santa Catarina, não podemos nos pautar somente em um plano de Governo, deve existir um plano para o Estado. É nossa responsabilidade enxergar os gargalos e resolver o mais rápido possível, em conjunto “, comenta ele. 

Uma das principais críticas levantadas durante o painel foi sobre a capacidade rodoviária de Santa Catarina, que deixa a desejar em comparação com outros estados. A prorrogação da concessão da BR 101 foi um dos temas debatidos durante o encontro. Para Mario Cezar de Aguiar, presidente da Federação das Indústrias do Estado SC (Fiesc), é necessário que se altere a forma de pagamento de pedágio para “free flow”, que ofereceria uma arrecadação maior – e mais justa, para quem utilizasse a BR – para investimentos mais assertivos na rodovia. 

“Hoje o grande diferencial da indústria é exatamente a logística. Você pode ter equipe preparada, bons equipamentos, mas se não tiver uma logística adequada, terá um comprometimento da competitividade”, ressalta. “Santa Catarina é a 6ª economia do Brasil, tem a menor taxa de informalidade do país, referência nacional e mundial. O que pecamos é a falta de competitividade. Nós da Fiesc medimos o índice de competitividade da indústria catarinense e perdemos só pra São Paulo, por um décimo. Se tivéssemos uma condição de infraestrutura mais adequada, Santa Catarina seria a indústria mais competitiva do país”, completa ele. 

Quem também ressaltou a falta de investimentos na malha rodoviária do estado foi Dagnor Schneider, presidente Federação dos Transportes Rodoviários de Carga do Estado de SC – Fetrancesc. Conforme ele relembra, o estado possui apenas 6,6% de suas vias pavimentadas – um dos menores índices do país. 

“A falta de estrutura rodoviária implica em mais custos com transporte, mais acidentes e mais vidas que se perdem nas estradas. Santa Catarina merece estradas boas para ampliar a fluidez e a capacidade de produção no estado”, completa ele. 

O painel contou com a participação, ainda de Carlos Chiodini, vice-presidente da Câmara Temática Portuária e Hidroviária da FRENLOGI e de Elson Otto, presidente da Federação das Associações Empresariais de SC – Facisc, que alertou sobre melhorias urgentes necessárias no estado, como a duplicação da BR 282 e mais celeridade nas obras de duplicação da BR 470, canais fundamentais de escoamento da produção catarinense. 

 

Continue lendo
Topo