Luto no futebol: técnico Miguel Ángel Russo morre aos 69 anos

Ídolo do Boca Juniors e campeão da Libertadores de 2007, Miguel Ángel Russo morre aos 69 anos após longa luta contra o câncer

Vitor Wolff

Publicado em: 8 de outubro de 2025

4 min.
Luto no futebol: técnico Miguel Ángel Russo morre aos 69 anos - Foto: Reprodução/FIFA via Getty Images

Luto no futebol: técnico Miguel Ángel Russo morre aos 69 anos - Foto: Reprodução/FIFA via Getty Images

O técnico argentino Miguel Ángel Russo, comandante histórico do Boca Juniors, faleceu nesta quarta-feira (8), aos 69 anos. O clube confirmou a morte em nota publicada nas redes sociais, lamentando a perda de um dos maiores treinadores de sua história.

Russo enfrentava complicações de saúde decorrentes de um câncer diagnosticado em 2017, período em que dirigia o Millonarios, da Colômbia. Desde então, conciliava o tratamento com a carreira no futebol, mas seu quadro clínico se agravou nos últimos meses. Em setembro, ele começou a se afastar das atividades, permanecendo em casa sob cuidados médicos e ao lado da família.

Sua última aparição pública foi em 23 de setembro, durante um treino do Boca Juniors no centro de treinamento do clube. Na ocasião, apareceu sorridente em uma foto ao lado do presidente e ídolo xeneize Juan Román Riquelme.


Trajetória marcada por conquistas e fidelidade

Nascido em 9 de abril de 1956, em Valentín Alsina, Miguel Ángel Russo foi um exemplo de lealdade e paixão pelo futebol. Como jogador, defendeu apenas o Estudiantes de La Plata entre 1975 e 1988, onde disputou 435 partidas e conquistou os títulos do Torneio Metropolitano de 1982 e do Nacional de 1983. A carreira foi interrompida precocemente aos 32 anos devido a uma lesão no joelho.

Em 1989, iniciou a trajetória como treinador no Lanús, conquistando o acesso à primeira divisão logo em sua estreia. Anos depois, em 1994, repetiu o feito pelo próprio Estudiantes. O primeiro grande título nacional veio em 2005, com o Vélez Sarsfield, campeão do Torneio Clausura.

O auge da carreira ocorreu em 2007, quando comandou o Boca Juniors na conquista da Copa Libertadores — a última do clube até hoje. Na equipe, dirigiu nomes como Riquelme, Palermo e Battaglia, consolidando seu nome na história do futebol argentino.

Russo voltou ao Boca entre 2020 e 2021, conquistando a Superliga Argentina, a Copa Diego Maradona e a Copa Argentina. Em 2025, retornou ao comando da equipe a pedido de Riquelme, após breve passagem pelo San Lorenzo.


Legado de respeito e dedicação

Miguel Ángel Russo será lembrado não apenas pelas conquistas, mas também pela serenidade, profissionalismo e respeito ao futebol. Sua morte representa uma grande perda para o esporte argentino e latino-americano, onde deixou admiradores e discípulos.

O Boca Juniors decretou luto oficial e deve prestar homenagens ao treinador na Bombonera nos próximos dias.


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