Greve de caminhoneiros tem baixa adesão e categoria se divide no país

Segundo a PRF, não houve registro de bloqueios ou paralisações formalmente comunicadas nas rodovias federais ao longo da manhã.

Redação

Publicado em: 4 de dezembro de 2025

4 min.
Greve de caminhoneiros tem baixa adesão e categoria se divide no país. - Foto: Divulgação/Dnit

Greve de caminhoneiros tem baixa adesão e categoria se divide no país. - Foto: Divulgação/Dnit

A mobilização nacional convocada por representantes de caminhoneiros para esta quinta-feira (4) teve baixa adesão em todo o país. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), não houve registro de bloqueios ou paralisações formalmente comunicadas nas rodovias federais ao longo da manhã.

A corporação destacou que qualquer evento capaz de interferir na circulação de veículos e pedestres precisa de autorização prévia, conforme o Artigo 95 do Código de Trânsito Brasileiro. Em nota, a PRF informou que segue com o trabalho de rotina, monitorando os 75 mil quilômetros de rodovias federais e observando eventuais situações atípicas.

Convocação ocorreu por redes sociais

A convocação para a paralisação foi feita nos últimos dias pela União Brasileira dos Caminhoneiros (UBC). O presidente da entidade, Chicão Caminhoneiro, esteve em Brasília na terça-feira (2) para protocolar na Presidência da República uma pauta de reivindicações do setor, acompanhada da divulgação da greve nacional.

Entre as demandas listadas estão a atualização do piso mínimo do frete, o congelamento das dívidas da categoria e a criação de uma aposentadoria especial para caminhoneiros após 25 anos de atividade.

Desmobilização e divisão interna

Apesar do chamado, a adesão foi considerada baixa por representantes da categoria. Entidades de caminhoneiros se manifestaram contra a iniciativa, alegando que a convocação ganhou contornos políticos e não representava consenso.

O deputado federal Zé Trovão (PL-SC), uma das principais lideranças do setor no Congresso Nacional, também rejeitou a paralisação, afirmando tratar-se de uma tentativa de uso eleitoral da categoria.

Apoio externo gerou críticas

A presença do desembargador aposentado Sebastião Coelho no ato de entrega das reivindicações reforçou a percepção de politização do movimento. Dias antes, Coelho havia publicado vídeo convocando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro para uma paralisação geral em defesa de uma anistia “ampla, geral e irrestrita” para investigados pelos atos de 8 de janeiro.

Enquanto Chicão orientava respeito às leis e ao direito de ir e vir, outras lideranças divergiam quanto aos objetivos da movimentação. Essa fragmentação interna contribuiu para o esvaziamento da greve.


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