Família é condenada por desvio de R$ 330 mil

Um ex-agente político, sua esposa e uma sobrinha foram condenados por atos de improbidade administrativa após desviarem R$ 330 mil dos cofres públicos, segundo ação civil pública movida pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). O grupo utilizou associações de fachada para captar recursos públicos, que foram desviados para fins pessoais, incluindo a compra de um carro usado em campanha eleitoral e um apartamento em São José. Parte do dinheiro também foi usada para construir uma garagem náutica ao lado da casa do ex-político, em vez de erguer a sede de uma associação.

A investigação, conduzida pela 13ª Promotoria de Justiça de Joinville, revelou que o ex-agente recebeu R$ 105 mil e R$ 75 mil por meio de uma das associações, além de R$ 150 mil por meio de outra entidade registrada apenas formalmente, sem atuação real. Os recursos públicos, destinados originalmente a projetos sociais, foram redirecionados para interesses privados da família envolvida no esquema fraudulento.

A 1ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Joinville determinou o ressarcimento total dos valores desviados e aplicou sanções severas. O ex-agente político foi condenado a oito anos de suspensão dos direitos políticos, multa de R$ 330 mil, proibição de contratar com o poder público e obrigação de devolver os valores. Sua esposa foi punida com quatro anos de suspensão dos direitos políticos, multa e ressarcimento solidário de R$ 180 mil. A sobrinha também foi penalizada com dois anos de suspensão, multa de R$ 105 mil e proibição de contratar com órgãos públicos.