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Nova ponte em Tubarão: entenda o projeto de revitalização do Rio da Madre

Meio Ambiente
Nova ponte em Tubarão: entenda o projeto de revitalização do Rio da Madre
Foto: Reprodução/Rádio Cidade

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Nova ponte em Tubarão: entenda o projeto de revitalização do Rio da Madre

Trabalhos devem iniciar em dezembro deste ano e nova ponte ser concluída em maio de 2025

Um projeto milionário e que deve impactar o futuro da comunidade está prestes a ser realizado em Tubarão. Com valores que giram na casa do R$ 1,5 milhão, uma nova ponte deve ser construída no bairro Campestre, com data prevista para entrega no dia 1º de maio de 2025. O projeto do município, mas coordenado pela Tubarão Saneamento, deve muito além de impactar a infraestrutura urbana, mudar o futuro de um dos braços do principal símbolo da cidade: o Rio da Madre.

A Tubarão Saneamento, assim como a prefeitura, tem planos para o futuro do Rio da Madre, popularmente conhecido como Rio Seco. Devido a um desnível entre o Rio Tubarão e o braço também chamado de Rio Morto, originado após a retificação do rio depois da enchente de 1974, a água do local não tem a mesma capacidade de vazão, fator que segundo os técnicos da concessionária responsável pela obra, é o motivo pelo qual a região está se degradando, e assim como o apelido do rio, está morrendo. Além disso, com o pouco escoamento, um bolsão de água que já existia, está cada vez mais cheio, logo atrás da Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Campestre.

A construção da ponte

A principal intervenção, portanto, será a construção de uma ponte na Rua José Heitich. Quem passa pelo local consegue notar uma diferença entre os dois pontos do rio. A longo prazo inclusive, até mesmo problemas na estrutura da via poderiam aparecer, já que a rua está funcionando como uma espécie de barragem no momento.

Com uma ponte no local, o rio não teria nada que impedisse seu fluxo, renovando também a água que fica praticamente parada devido a interferência da Rua José Heitich. Devido ao desnível citado anteriormente, para que as águas do Rio Tubarão cheguem ao Rio Morto e movimentam o fluxo, a Tubarão Saneamento já opera uma bomba na altura da Rodovia Aggeu Medeiros para bombear e direcionar a vazão para o Rio Seco.

“Desde 2018, nós, junto da Agência Reguladora, Instituto de Meio Ambiente e município de Tubarão, temos feito um acompanhamento muito firme e uma série de ações. O rio está hoje em condições de receber o que temos instalado na cidade. Mas o sistema de tratamento de esgoto precisa avançar. Temos que ampliar o volume de água que tem no Rio da Madre. Para que isso aconteça é necessário uma série de obras, definidas em conjunto com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão”, explicou Marcelo Matos, diretor da Tubarão Saneamento. Segundo ele, as ações devem iniciar com a instalação da ponte a partir do dia 2 de dezembro.

A importância do rio vivo

“A gente bombeia a água e quando chega no entroncamento da ponte fica represada. A água anterior apodrece, não fica boa. Perde todas as qualidades de oxigênio dissolvido, cresce a demanda bioquímica de oxigênio e então é degradada também. Precisamos liberar esse fluxo”, completou Marcelo sobre o que acontece atualmente no Rio da Madre. Além da ponte, outras obras, como limpeza de canal, limpeza das margens e maior fiscalização das pessoas que lançam efluentes indevidamente no local devem ser anunciadas em uma assembleia nesta sexta-feira (22).

De acordo com um estudo realizado, o rio foi compatível com a classe 4, a pior classificação em uma escala de 1 a 4, além de classe especial. Isso significa que a qualidade da água é considerada a mais baixa, conforme a Resolução CONAMA nº 357/2005. Tendo isso em mente, com a execução das ações, o objetivo é chegar às classes 2 e 3 ao longo do trecho do Rio Tubarão/Madre até 2042. Com o Rio Morto chegando a classe 3, por exemplo, o mesmo poderia ter uma maior utilidade para os rizicultores da região, além de poder receber a água da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE).

“Ao permitir que o efluente tratado, que é uma água límpida, seja jogado no rio, essa água ajuda na recuperação do local. Esse é o objetivo desse projeto, pois poderia ser muito mais simples. Poderíamos fazer uma tubulação e jogar direto no Rio Tubarão. Iria custar mais caro, mas estaria resolvido o problema da rede de esgoto. Nós preferimos que aquela água que é tratada seja jogada no Rio da Madre para ajudar na sua recuperação”, explicou Benoni Schimitz, diretor da Duane do Brasil SA, grupo a qual a Tubarão Saneamento pertence.

Vale destacar que os parâmetros da água tratada de esgoto não são compatíveis com um rio classe 4, como é o caso do Rio da Madre. Por isso, antes de realizar o lançamento de efluentes, é preciso que haja uma recuperação da qualidade da água. Em uma classe 3, produtores de arroz e a própria estação de tratamento podem usar o rio. O projeto inicial prevê que em média, 150 litros por segundo de água tratada serão lançados neste trecho do Rio Seco

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