Discussão entre Zé Trovão e advogado paralisa CPMI do INSS

Discussão entre Zé Trovão e advogado paralisa CPMI do INSS; OAB exige retratação e promete medidas legais.

Joca Baggio

Publicado em: 25 de setembro de 2025

4 min.
Discussão entre Zé Trovão e advogado paralisa CPMI do INSS - Foto: Reprodução/TV Senado

Discussão entre Zé Trovão e advogado paralisa CPMI do INSS - Foto: Reprodução/TV Senado

Uma confusão entre o deputado federal Zé Trovão (PL-SC) e o advogado Cleber Lopes, defensor do empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, interrompeu a sessão da CPMI do INSS por cerca de dez minutos, na manhã desta quinta-feira (25), em Brasília.

O tumulto começou após o relator da Comissão, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), afirmar que Antunes seria o “autor do maior roubo aos aposentados e pensionistas”. A declaração provocou reação imediata do advogado, que passou a discutir com o relator. Nesse momento, Zé Trovão também se envolveu na confusão, levantando-se da bancada e dirigindo-se à mesa da presidência da CPMI em tom exaltado.

A sessão estava sob a condução do deputado Duarte Jr. (PSB-MA), que havia assumido a presidência temporariamente devido à ausência do presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG). Diante do bate-boca e da aproximação de parlamentares, a Polícia Legislativa foi acionada, e a sessão acabou suspensa. O trabalho foi retomado alguns minutos depois, já com a presença de Viana.

Repercussão da OAB

A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Distrito Federal (OAB-DF), divulgou nota classificando o episódio como quebra de decoro por parte de parlamentares. A entidade exigiu retratação pública e informou que adotará “as medidas legais pertinentes ainda hoje”.

Segundo a OAB-DF, o advogado Cleber Lopes foi ofendido enquanto exercia o direito de defesa de seu cliente. O órgão destacou que “a advocacia jamais poderá ser silenciada no exercício da ampla defesa e do contraditório, direitos constitucionais de todos os cidadãos brasileiros”.

No documento, a OAB encaminhou ofício ao presidente da CPMI solicitando:

  • Retratação pública das declarações ofensivas;
  • Registro em ata dos episódios de constrangimento;
  • Audiência oficial para tratar de medidas reparatórias;
  • Garantia imediata do pleno exercício profissional aos advogados.

A entidade também defendeu que o caso seja levado às Comissões de Ética da Câmara e do Senado para apuração da conduta dos parlamentares.


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