Política
Projeto de Lei busca proibir armas de gel em Floripa
O Inmetro, que não classifica as “gel blasters” como brinquedos, já alertou que não são adequadas para menores de 14 anos
As “armas de gel”, também conhecidas como “gel blasters”, têm se tornado cada vez mais populares, mas essa popularidade levanta sérias preocupações com a segurança pública e a saúde. Especialistas, como a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO) e o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), alertam que o impacto das bolinhas de gel disparadas por essas armas pode causar danos irreversíveis, como a perda total da visão. Além disso, podem resultar em hematomas, inflamações e até cortes profundos, o que representa um risco para a saúde de crianças e adolescentes, principalmente.
Recentemente, um incidente em Garuva, no Norte de Santa Catarina, envolvendo crianças atacadas por adolescentes com essas armas, aumentou a preocupação com a segurança. Durante o ataque, as vítimas foram feitas reféns e colocadas de joelhos, gerando um grande impacto nas famílias locais, que buscaram ajuda do Conselho Tutelar. Este caso é um exemplo claro do potencial de violência e confusão que esses dispositivos podem gerar, principalmente em ambientes públicos.
Embora a intenção não seja proibir as brincadeiras de crianças e adolescentes, a preocupação está na segurança de todos e na proteção da integridade física. O Inmetro, que não classifica as “gel blasters” como brinquedos, já alertou que não são adequadas para menores de 14 anos. Com isso, o Projeto de Lei 19427/2025 foi proposto para proibir a comercialização, o uso, o transporte e a distribuição dessas armas em Florianópolis, visando proteger a população e garantir a segurança dos cidadãos, com foco especial nas crianças.