Prefeito interino de Forquilhinha quer ‘abrir caixa preta’
Exonerações em massa, auditoria e pressões de bastidores transformam o cenário político de Forquilhinha em um campo de batalha
A eleição em Forquilhinha parece longe de ter acabado. Com o afastamento do prefeito José Cláudio Gonçalves (PSD), o Neguinho, após a terceira fase da Operação Maktub, que investiga fraudes em licitações, o vice Valcir Antônio Matias, o Chile, tomou posse. Mas o que poderia ser uma transição controlada, se tornou quase que uma sacudida política.
Logo nos primeiros dias como prefeito interino, Chile exonerou quase todos os secretários, provocando a saída de mais de 100 servidores comissionados. O vereador Célio Elias (PT), inclusive, criticou a decisão, afirmando que ele desestruturou o governo em um momento delicado.
“Ele deveria manter a equipe para dar continuidade ao trabalho, mas fez o oposto”, afirmou lembrando que o vice não sabe quanto tempo ficará no cargo.
Mas o verdadeiro divisor de águas promete ser a abertura de uma sindicância interna para apurar as denúncias da Operação Maktub, e realizar uma auditoria completa na gestão de Neguinho. Segundo fontes próximas, a sindicância, já confirmada pelo novo chefe de gabinete, vereador Marcos Macedo, vai “abrir a caixa-preta” do governo e trazer à luz possíveis irregularidades.