Projeto de Lei busca proibir armas de gel em Floripa

O Inmetro, que não classifica as “gel blasters” como brinquedos, já alertou que não são adequadas para menores de 14 anos

Vitor Wolff

Publicado em: 11 de fevereiro de 2025

3 min.

As “armas de gel”, também conhecidas como “gel blasters”, têm se tornado cada vez mais populares, mas essa popularidade levanta sérias preocupações com a segurança pública e a saúde. Especialistas, como a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO) e o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), alertam que o impacto das bolinhas de gel disparadas por essas armas pode causar danos irreversíveis, como a perda total da visão. Além disso, podem resultar em hematomas, inflamações e até cortes profundos, o que representa um risco para a saúde de crianças e adolescentes, principalmente.

Recentemente, um incidente em Garuva, no Norte de Santa Catarina, envolvendo crianças atacadas por adolescentes com essas armas, aumentou a preocupação com a segurança. Durante o ataque, as vítimas foram feitas reféns e colocadas de joelhos, gerando um grande impacto nas famílias locais, que buscaram ajuda do Conselho Tutelar. Este caso é um exemplo claro do potencial de violência e confusão que esses dispositivos podem gerar, principalmente em ambientes públicos.

Embora a intenção não seja proibir as brincadeiras de crianças e adolescentes, a preocupação está na segurança de todos e na proteção da integridade física. O Inmetro, que não classifica as “gel blasters” como brinquedos, já alertou que não são adequadas para menores de 14 anos. Com isso, o Projeto de Lei 19427/2025 foi proposto para proibir a comercialização, o uso, o transporte e a distribuição dessas armas em Florianópolis, visando proteger a população e garantir a segurança dos cidadãos, com foco especial nas crianças.



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