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Onde foi parar o dinheiro da venda do Aníbal Costa?
Clube vendeu o estádio no ano do centenário
O associativo do Hercílio Luz realizou uma auditoria interna para esclarecer o destino dos R$ 11,7 milhões arrecadados com a venda do Aníbal Costa no ano do centenário do clube, em 2018. O processo foi concluído no final do ano passado e apontou que parte significativa do montante foi utilizada no futebol do clube até 2021.
De acordo com o presidente da associação, Rafael Ávila Nunes, o contrato de venda previa que uma fração dos recursos poderia ser destinada ao pagamento de dívidas. O restante deveria ser utilizado para a compra de um terreno e a construção do novo estádio.
Em entrevista ao Central do Esporte na última semana, o mandatário do associativo explicou o resultado da auditoria. “Parte do dinheiro foi utilizada no futebol. Isso é um fato, não há como negar. O dinheiro não está na minha administração e o estádio também não está construído, então em algum lugar ele foi aplicado. O Hercílio Luz fez a auditoria justamente para esclarecer esse ponto. O que se concluiu foi que os recursos foram direcionados ao futebol, mas eu não concordo com isso. Quando o conselho autorizou a venda do Aníbal Costa, o objetivo era utilizar o dinheiro na construção de um novo estádio, não para ser gasto no futebol”, disse Ávila.
Após a venda do estádio, o clube tubaronense adquiriu uma área de 10 hectares no bairro São Martinho e iniciou as obras, mas não as concluiu. Foram feitos os trabalhos de terraplanagem, a construção de uma arquibancada, mas sem grandes avanços.
Com a transição para o modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF), a responsabilidade pela construção do novo estádio foi assumida pelos acionistas, embora sem uma obrigação contratual. A SAF reformulou o projeto do centro de treinamento e da nova arena, investindo R$ 1,5 milhão apenas no projeto arquitetônico. No entanto, questões ambientais impediram o reinício das obras.
Sobre o futuro do Aníbal Costa, Ávila Nunes disse que não passam de especulações as informações de que o clube poderá ter que pagar aluguel para seguir utilizando o estádio a partir do próximo ano. A área é pertencente a Marcos Schlickmann, um dos acionistas da SAF.
