Justiça
Filho agride mãe e é condenado a 22 anos
Uma mulher de 50 anos entrou em estado vegetativo irreversível após ser brutalmente agredida pelo próprio filho em Brusque
Uma mulher de 50 anos entrou em estado vegetativo irreversível após ser brutalmente agredida pelo próprio filho em Brusque. O crime ocorreu em duas noites seguidas, nos dias 16 e 17 de maio de 2024, quando a mãe tentou impedir que ele agredisse sua companheira. Durante as agressões, ela foi espancada com socos, estrangulada e sofreu chutes violentos na cabeça. A gravidade dos ferimentos resultou em traumatismo craniano e lesões corporais graves, incluindo mordidas, levando a um quadro irreversível de inconsciência. Ela segue acamada, sem resposta neurológica, sob os cuidados da irmã.
O julgamento do acusado ocorreu nesta sexta-feira (13), no Tribunal do Júri de Brusque, onde ele foi condenado a 22 anos e oito meses de prisão. Os jurados acolheram todas as qualificadoras apresentadas pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), como motivo torpe, meio cruel, uso de surpresa, intenção de garantir impunidade e feminicídio. A promotora Louise Schneider Lersch destacou em plenário que as provas demonstraram de forma clara a responsabilidade do réu. O agressor, de 21 anos, seguirá preso no Presídio Regional de Brusque, com pena a ser cumprida em regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade.
Segundo a denúncia do MPSC, o crime foi cometido com extrema violência e frieza. O réu não apenas atacou a mãe de forma inesperada, como também continuou agredindo-a mesmo após ela estar inconsciente, impedindo que ela deixasse a casa para pedir ajuda. Ele a deixou convulsionando no chão até que a nora, desesperada, buscou socorro com vizinhos. A intenção de matar ficou evidente pela brutalidade das ações. Apesar de os socorristas conseguirem evitar a morte imediata da vítima, o estado de saúde resultante das agressões é considerado irreversível. O réu também foi condenado ao pagamento das custas do processo.