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7 características comuns em adultos que foram crianças mimadas, segundo a psicologia

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7 características comuns em adultos que foram crianças mimadas, segundo a psicologia

Estudos brasileiros mostram que adultos que foram crianças mimadas podem apresentar características prejudiciais aos relacionamentos

A forma como as crianças são criadas tem impacto direto em sua personalidade e comportamento na vida adulta. Estudos brasileiros conduzidos por instituições como a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) mostram que adultos que foram crianças mimadas podem apresentar características marcantes, que muitas vezes prejudicam seus relacionamentos e sua estabilidade emocional.

Falta de limites na infância

Uma das principais conclusões, apontada pela pesquisa “Práticas parentais e desenvolvimento emocional”, da UFRGS, é a relação entre a falta de limites na infância e a baixa tolerância à frustração na vida adulta. Crianças acostumadas a receber tudo o que querem sem esforço crescem com dificuldades em lidar com contratempos e rejeições, o que pode impactar tanto a vida pessoal quanto profissional.

Dependência emocional

Outro estudo, realizado pelo Instituto de Psicologia da USP, destacou que a dependência emocional é comum entre adultos que tiveram uma criação superprotetora. Os pesquisadores apontaram que pais que evitam expor seus filhos a desafios acabam criando indivíduos inseguros e com grande necessidade de validação externa, seja em relacionamentos amorosos ou no ambiente de trabalho.

A impulsividade também é um traço recorrente, conforme indica uma análise da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) sobre desenvolvimento socioemocional. A pesquisa revelou que a ausência de regras claras na infância pode resultar em adultos que têm dificuldade em planejar e tomar decisões ponderadas, priorizando gratificações imediatas em detrimento de escolhas mais estratégicas.

Além disso, um levantamento da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) explorou como a criação permissiva influencia o desenvolvimento de traços egocêntricos. Crianças que crescem acreditando que suas vontades são mais importantes que as dos outros tendem a se tornar adultos com pouca empatia, dificultando suas relações interpessoais.

É possível reverter os padrões

Por fim, a pesquisa “Parentalidade e Resiliência”, conduzida pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), revelou que a falta de exposição a desafios na infância reduz a capacidade de lidar com adversidades na vida adulta. A resiliência, que é essencial para superar obstáculos, não é desenvolvida plenamente em contextos onde os pais resolvem todos os problemas pelos filhos.

Embora essas características sejam comuns, especialistas reforçam que elas não são definitivas. A psicóloga brasileira Ana Paula Ribeiro destaca que é possível reverter esses padrões por meio de autoconhecimento e intervenções terapêuticas. “A criação molda nossa forma de encarar o mundo, mas não define quem somos para sempre. Reconhecer esses comportamentos é o primeiro passo para a mudança”, explica.

Criar crianças com limites claros e incentivar a autonomia não é apenas uma questão de disciplina, mas um investimento no equilíbrio emocional e social que elas terão na vida adulta. Estudos como esses reforçam a importância de equilibrar cuidado e independência na educação infantil, garantindo um futuro mais saudável para as próximas gerações.

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